FEDERAÇÃO DE BOXE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (FBERGS)
"FORMANDO VENCEDORES NO ESPORTE E NA VIDA."

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

CURSO DE TREINADOR DE BOXE - FBERGS

 CURSO DE TREINADOR DE BOXE FBERGS 

Conteudo "Teórico On-line."  

 SEJA MUITO BEM VINDO!!! 


"LÁ VAMOS NÓS, RUMO AO EXTREMO DO PREPARO FÍSICO,  DA QUALIDADE TÉCNICA E DA QUALIDADE DE VIDA."




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Este projeto começou inicialmente, apenas como "Walconi Lucas Rumo ao Extremo", ao extremo da qualidade de vida, ao extremo da qualidade competitiva, como atleta ou treinador. Mas muitas pessoas também desejam preparar-se, adaptar-se e poder chegar mais longe, e assim surgiu o "LÁ VAMOS NÓS RUMO AO EXTREMO", o qual consiste num projeto que reúne um processo de treinamento com um "reality show", ou um "reality boxing", onde são compartilhados os melhores momentos de treinamentos de boxe, principalmente os sparrings, e até competições. A ideia é usar esta exposição para, além de divulgar positivamente o nosso esporte e a trajetória de cada participante, também para motivar os atletas participantes, a darem o máximo de si, nos treinos. Sendo que ali, em cada momento, mostra-se a realidade. Ali tudo fica evidenciado, quem sabe, ou quem não sabe. As virtudes e as dificuldades de cada um. O foco de cada um. As contradições de cada um. As dificuldades de cada um. O progresso de cada um. Ali,  vemos, compartilhamos e alcançamos os limites de cada um.                                                                                                                               Este projeto é para quem deseja conhecer e ultrapassar os seus próprios limites, de forma segura, preservando-se sua integridade física. É,  especialmente, para todos os que desejam aperfeiçoar seus conhecimentos teóricos e práticos de boxe, e têm coragem, humildade e honestidade para compartilhar a sua trajetória, conosco e com o mundo.
Toda a trajetória é feita de bons e maus momentos, mas o nosso objetivo comum aqui é o sucesso. É o sucesso de cada um e de todos. Para nós o sucesso, pode ser, desde uma ótima qualidade de vida, ou uma exemplar aprovação no Curso de Treinador de Boxe, ou até mesmo, ótimos resultados em competições ( amadoras ou profissionais). Mas,  como todo este processo é mostrado, é compartilhado pela web, então a pressão é bem maior, a cada golpe, a cada esquiva, a cada movimento, a cada momento, exigindo o máximo de cada participante. Quando ele aceita participar, deve estar bem ciente e preparado para administrar a pressão, para administrar a si próprio e as relações, e por isto, é fundamental, buscarmos a união entre todos, para ajudarmo-nos a chegar lá, apoiarmos uns aos outros. independente das dificuldades, e assim vamos além. Vamos juntos rumo ao extremo...



Procedimento para participação no treinamento) de Boxe FBERGS:
1) Manifestação de interesse via Watssap: 51-995997079, Face: Walconi Lucas.
2) Investimento total: 300,00 reais (Pagamento no início da primeira aula presencial) ou antecipado por depósito (Dados para Depósito: Bco: Caixa Federal. Conta Corrente, n°: 18548-7 == Agencia: 0431), em caso de reprovação, haverão mais as taxas de aulas adicionais ( on-line, ou presenciais), e as taxas de provas adicionais.

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO CURSO: Prof. Walconi Lucas.

A duração do curso será de duas semanas, sendo que serão 2 aulas presenciais ( 1 por semana), 2 aulas on-line( 1 por semana), além de acompanhamento on-line, por watssap, para tirar dúvidas. Posteriormente, será aplicada uma prova teórica e uma prova prática. -QUEM PODE FAZER O CURSO E AS PROVAS ( TEÓRICA E PRÁTICA)?

*Podem fazer o curso os Professores Formados em Educação Física, e/ou profissionais com registro de provisionado em Boxe.
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*Boxeadores com desempenho pelo menos equilibrado, contra boxeador qualificado, que pode ser, em pelo menos 2, de 3 lutas (em competições ou sparrings oficiais), comprovadas e homologadas pela FBERGS, ou outra entidade  de boxe, Estadual ou Nacional.

*Boxeadores inscritos no curso, comprovando e demonstrando na prática, o mínimo de eficiência técnica de Boxe, poderão increver-se no curso, e terão de obter, no mínimo nota 7 na prova teórica, e nota 7, na prova prática, para obter aprovação e adiquirir o certificado de treinador de boxe da FBERGS.

ONDE, COMO E QUANDO É ENTREGUE O CERTIFICADO?

-Após a avaliação da prova prática, e após a correção da prova teórica, confirmada a aprovação em ambas,   o certificado será entregue ao formando, em local e data préviamente combinados.

-COMO É O CURSO?



O curso é 50% prático e 50% teórico.  A parte teórica básica é on-line ( http://walconi.blogspot.com.br/2014/10/curso-de-treinador-de-boxe-fbergs.html ), e visa introduzir o treinador iniciante aos fundamentos didáticos do Boxe. Portanto, este curso é uma forma moderna e democrática de oportunizar o acesso a formação e ao credenciamento para novos treinadores de Boxe.

Para receber o certificado de treinador de boxe FBERGS, o candidato terá de passar pelas aulas práticas,  e sendo aprovado pelos testes teórico e prático. A  prova teórica consiste em 10 questões,  baseadas  no conteúdo teórico fornecido. A prova prática, será baseada no conteúdo das aulas práticas. Sendo que a nota mínima para aprovação é 7. Em caso de reprovação, o aluno terá a oportunidade de refazer a prova que não alcançar aprovação, até alcançar aprovação. Taxa para cada prova adicional: 60 reais. Taxa para cada aulas on-line adicional: 30 reais por hora. Taxa para cada aula pratica adicional 40 reais por hora.



CONTEÚDO TEÓRICO

ESTRUTURA DO CONTEÚDO TEÓRICO:


CAPÍTULO I:

FUNDAMENTOS ÉTICOS E PEDAGÓGICOS.


CAPÍTULO II:


PREPARAÇÃO FÍSICA.


CAPÍTULO III:


FUNDAMENTOS TÉCNICOS DE BOXE.


CAPÍTULO IV:


FUNDAMENTOS TÁTICOS DE BOXE.




                                            
 CAPÍTULO I 
FUNDAMENTOS ÉTICOS E PEDAGÓGICOS 
O treinador de boxe pode ser considerado como um segundo pai, pois é alguém que orienta não só para o esporte, más também para vida, e isso é o que deve ser construído. A expressão treinador(a)-atleta deve ser um binômio sólido, de modo que, trabalho, honestidade, educação e o respeito mútuo sejam consolidados. Más cuidado para não cruzar a linha que separa os dois fatores deste binômio, que deve sempre ser levada em consideração. A localização de cada um e que se não for cuidado por causa da distância e do respeito entre os dois, podem ter produtividade muito baixa e ter resultados fatais.
Existem treinadores, bons, médios e muito ruins, alguns licenciados e também, sem qualquer escolaridade, tanto no boxe profissional, como no amador. Na maioria dos casos, o treinador de boxe deve ser é um ex-pugilista que adquiriu na academia e no ringue, suas experiências como um pugilista, coisa muito importante para as novas gerações de atletas competitivos. Más é bom notar que o treinador deve ter algumas características que o tornam especial, fazendo dele, também um educador e um professor, que treina crianças, jovens e adultos.
O treinador tem de ver e avaliar todos os aspectos do atleta (físico, técnico, tático, psicológico, pedagógico, teórico, moral, familiar. Etc. Todos esses fatores afetam em maior ou menor grau, o culminar de esforços do atleta.

Qualidades Que Deve Ter Um Treinador de Boxe Moderno:

O treinador deve indicar o caminho aos seus atletas pela sua experiência e conhecimento do esporte, com o objetivo de dotar os militantes, com o arsenal necessário para resolver as tarefas que lhes são impostas no combate, com base no seu intelecto e conhecimentos teóricos e práticos.

"Conceito de Educação: É o processo de formação multilateral do indivíduo pela conjunção de uma educação integral intelectual e científica."



Treinador Como Educador:

Além de especialista, o treinador é um educador que, através de sua atitude e do comportamento voluntário e involuntário, influencia os atletas como um espelho, um modelo e guia para a próxima geração de lutadores e treinadores, mesmo no futuro.


O Treinador Deve Ter:

A boa educação; A formação técnica e metodologia científica; Amor pela profissão; Aparência pessoal adequada; Adequada conduta moral e social; Faça bom uso da língua; Adequada estabilidade emocional.



Rotina do Treinador Durante a Preparação do Boxeador:

1-incutir hábitos de disciplina de conduta, respeito, amor ao boxe, e assim por diante. 2-fortalecer a saúde do boxeador. 3-proporcionar aos seus combatentes, através de um processo adequado de formação, excelente condição física, técnica e tática. 4-organizar e desenvolver os documentos necessários para obter resultados significativos em seu trabalho: plano de treinamento, controle de testes educacionais, etc. 5-planejamento da formação de acordo com a categoria competitiva. 6-musculação e controle de atletas competitivo.


 CAPÍTULO II 
PREPARAÇÃO FÍSICA 


 Planejamento do Treinamento


O planejamento no boxe, seja no amador ou no profissional, se divide em períodos:

1 - Condicionamento geral. Aqui você começa a preparar fisicamente seu lutador com um volume maior de tempo nos treinos, mas sem atingir intensidades máximas. Aeróbico.

2 - Condicionamento especifico. Aqui você já tem o seu lutador com uma maior capacidade física obtida no período anterior e vai confrontá-lo com uma maior carga de intensidades e menos tempo de treino. Anaeróbico.

3 - Manutenção e aprimoramento. Aqui você vai procurar manter a forma adquirida nos dois períodos anteriores e afinar a tática e a psicologia. Já o treino físico não alcança nem o tempo nem a intensidade de antes, pois neste período você está perto da competição ou da luta.

Basicamente, este seria um planejamento usual, tendo em vista uma competição pela frente (amador) ou uma luta marcada (profissional). Agora, o tempo que separa você da data do evento é o que vai definir  a duração de cada período.
Só como exemplos práticos:

Tendo-se 2 meses para a competição:
Condicionamento geral - 4 semanas
Condicionamento específico - 3 semanas
Manutenção física geral e aprimoramento técnico - 1 semana


Tendo-se 1 mês e duas semanas (10 semanas):
Condicionamento geral - 5 semanas
Condicionamento específico - 4 semanas
Manutenção e aprimoramento técnico - 1 semana


Tendo-se 3  meses:
Condicionamento geral - 6 semanas
Condicionamento específico - 4 semanas
Manutenção e aprimoramento técnico - 2 semanas

Tendo-se 4 meses:
Condicionamento geral - 8 semanas
Condicionamento específico - 6 semanas
Manutenção e aprimoramento técnico- 2 semanas

Não é demais dizer que estes períodos variam em função de muitos fatores, e o principal e o próprio lutador. Basicamente, se ele já vem com uma condição física boa para começar o treinamento ou se vai começar de zero. Além do que nos próprios períodos podem ter mini períodos que podem oscilar dependendo do andamento e resultados nos treinos.

Um  pugilista profissional não precisa de mais de 10 semanas para se preparar. Se não tem data para lutar, deve manter-se correndo e batendo saco para não perder a condição física. Assim que aparecer uma luta, será mais fácil planejar seu programa.
No próximo artigo vamos explicar como se fazem os testes físicos nos atletas, saber qual a capacidade pulmonar, comprovar se o treino está indo bem ou se precisaremos variar no ritmo ou nas intensidades. Utilizar a FC (frequência cardíaca) como guia seguro para trabalhar as intensidades, etc.

Quando você mede a frequência cardíaca do lutador antes de uma seção de sparring, ela vai ficar mais ou menos em 120 BPM. Isto porque ele teve um bom aquecimento antes de subir ao ringue. Porém, antes de uma luta, com o público gritando naquele ambiente enlouquecido, o lutador pode chegar a 150 BPM. Muitos treinadores não medem a frequência ao chegar ao canto do ringue e isto pode ser perigoso. Explico. Alguns lutadores que chegam com a frequência acima do normal, e que tiverem o azar do treinador adversário perceber (treinadores experientes só com um olhar já tem uma ideia do emocional do adversário), vai mandar seu lutador pressionar mesmo no primeiro round. Acreditem: seu boxeador lutará em desvantagem nesse primeiro round e poderá inclusive ser nocauteado, ou, na melhor das hipóteses, pode cansar em pouco tempo, apesar da excelente preparação que possa ter tido. Vamos ver dois exemplos recentes. O primeiro aconteceu numa luta do Acelino “Popó” Freitas realizada na Credicard Hall, São Paulo em marco de 2000. O rival era o mexicano Javier Jauregui. Este mexicano, que três anos depois tornou-se campeão mundial da IBF, seria uma prova para Popó, por sua resistência e bravura. Mais aconteceu que eles esperavam lutar nos Estados Unidos, mas Art Pellulo, promotor da luta, não conseguiu vender o evento para os canais de TV americanos e esta acabou sendo marcada para São Paulo. Jauregui e sua equipe se negaram a lutar no Brasil, pois especulavam que Freitas teria toda a vantagem e que poderiam ser roubados. Depois de muito vai e vem e um dinheiro a mais na bolsa, mais uma pressão da WBO, os mexicanos aceitaram lutar no Brasil. No dia da luta, Jauregui estava muito estranho e sua frequência cardíaca muito alta. O gongo ainda não tinha acabado de bater e Popó já estava em cima do mexicano, batendo em todo lugar sem parar (aliás, como Popó sempre fazia muito bem antes de mudar seu estilo). Jauregui conseguiu responder por pouco tempo, pois sua máxima cardíaca chegou antes da hora devido ao fato que iniciou já com um nível acima do normal. Exemplificando ficaria mais ou menos assim: Se começa o round com 100 BPM, dependendo da intensidade se termina com 160 BPM, no minuto de descanso com bom volume de oxigênio se consegue começar o próximo round com 100 BPM de novo, ou 110 e assim por diante. Agora imagine começar com 140 – 150 BPM! Neste caso, ele vai atingir sua máxima assim que a primeira troca de golpes chegar. E acreditem: ele estaria a mercê do rival, pois não terá de onde tirar forças. Foi o que aconteceu com Jauregui, que foi nocauteado pelo brasileiro sem praticamente poder reagir. Ele nunca ganharia de Freitas naquela época (nem no México!), porem com certeza não seria nocauteado no primeiro round.Outro caso muito discutido nos EUA foi a luta entre Antonio Margarito e Kermit Cintron, no Caesars Palace, Las Vegas, em abril de 2005. Foi uma performance triste de Cintron. Eu estava no ringside e apostando em favor do norte-americano. Vinha invicto (24-0), tinha excelente técnica, maior estatura e alcance, e, para completar, uma pegada matadora (22KOs em 24 lutas). Mas não só pelos números tínhamos visto o boricua bater e sabíamos do poder do homem. O primeiro a subir no ringue foi Kermit Cintron. Meu amigo e grande estrategista do boxe, Norman Wilson, olhando para Cintron, me diz: “Olha, a gente acaba de perder a aposta”. Eu não tinha notado, mais o meu amigo viu a respiração do lutador e parecia que tinha corrido um quilômetro fugindo de um touro. Contamos 12 em 15 segundos o que dava uma media de 48 batimentos por minuto, quando a media nessas situações é de 32 por minuto no máximo.Eu recomendo a quem não assistiu a luta que assista se tiver oportunidade. Doeu ver Kermit, apanhar tanto por cinco rounds, antes de ser nocauteado. Mais um exemplo do emocional fazendo a frequência cardíaca ir às alturas.Como evitar esse problema? O que fazer se ao subir no ringue notamos que a FC esta acima do normal? Angelo Dundee sempre inicia suas palestras sobre boxe dizendo: “O treinador que não seja capaz de prever na academia todas as situações que envolvem uma luta, não pode querer resolvê-las no corner, no dia do combate”. Então vamos trabalhar na academia este problema. Agora, é difícil evitar que o boxeador fique nervoso. Os psicólogos podem atenuar o problema, mas dificilmente o eliminarão. Um método muito utilizado é fazer sparring em outras academias, para que se crie uma rivalidade que o treinador terá que aumentar falando para seu lutador que lá o ambiente é pesado. Combinar com o pessoal desta academia que desde que seu lutador entre, comece a vaia. Tudo isso vai criando um hábito no lutador para aprender a lidar com a pressão. Porém, o mais importante mesmo são os exercícios de respiração. Se o treinador não conhecer esta técnica pode procurar um especialista que ensine-lhe a técnica de relaxamento através da respiração. Posso assegurar que com uma boa técnica de relaxamento respiratório, mesmo no ringue, antes da luta, você vai conseguir baixar imediatamente a frequência cardíaca do seu lutador. Esta respiração não é a mesma que o boxeador utiliza no minuto de descanso, já que aqui se respira profundo e se expira lentamente. Serve para oxigenar o sangue e limpar o ácido láctico acumulado. Os exercícios que estou recomendando agora são os de relaxamento que devem ser iniciados na academia na hora dos treinos. Se seu boxeador chega ao ringue com a frequência dos batimentos cardíacos  alta, coloque vaselina nas mãos e comece a passar no rosto, massageando as orelhas com pouca força enquanto pede para o lutador respirar e relaxar, como já praticado nos treinos. A manobra da vaselina é para que o corner do adversário não perceba o exercício, pois passar a vaselina no rosto é algo comum. Muito importante é evitar nesse primeiro round as  trocas de golpes. Vamos trabalhar com o jab e movimentarmos até encontrar o ritmo cardíaco necessário.
Quando falei que às vezes têm que se pular etapas, é porque muitas vezes no período anaeróbico o lutador pode passar da sua frequência cardíaca máxima e você não percebe nos sparrings se ele consegue suportar essa carga. Numa luta real, várias vezes os boxeadores passam da máxima e isto é inevitável. Em abril de 1985, também no Caesars Palace, Marvin Hagler nocauteou Thomas Hearns no terceiro round, num dos maiores combates de todos os tempos. Quando o médico chegou até Hearns, este tinha 200 pulsações por minuto (a frequência máxima dele na época era de 193). E olha que o medico não foi o primeiro a chegar... Assim, os atletas têm que ter os testes médicos periódicos. Só assim o treinador saberá onde e quando subir as cargas.




 Avaliação Física Para o Boxe.

Testes físicos - VO2 - Max. Volume de oxigênio máximo - Frequência Cardíaca - Parâmetros
Se vamos começar um programa de treino com um ou vários lutadores, o primeiro passo é obviamente avaliar o estado físico. E só depois de conhecer o nível em que ele está que poderemos planejar o treino. Sem isso, este mesmo treino já começará errado e podemos comprometer o resultado final almejado.
VO2 – Max= Volume de oxigênio máximo. O VO2-Max é a quantidade de oxigênio que o corpo transporta em um minuto, irrigando o nosso organismo. Quanto maior a quantidade de oxigênio transportado nesse período de tempo, maior será nossa capacidade cardiovascular. Isto, no boxe, é fundamental, pois a recuperação entre os rounds, no intervalo de apenas um minuto, vai depender do volume de oxigênio irrigado. Por isso, recomendo que continuem lendo este artigo até o final, mesmo que às vezes o mesmo possa parecer meio acadêmico ou excessivamente teórico. O VO2-Max é medido em Mililitros –quilogramas –minutos, sendo que se multiplicamos pelo peso corporal do atleta teremos a medida em litros. Assim fica mais fácil, certo? Vamos com um exemplo ilustrativo: um homem saudável de até 30 anos deve ter uma capacidade de VO2-Max de 2 litros – minuto. Ou seja, neste minuto seu organismo recebe 2 litros de oxigênio. Já um maratonista pode chegar a pouco mais de 5 litros por minutos. Deu para entender? Então, se eu recebo na minha academia um lutador que vai lutar em 9 semanas (no boxe contamos o tempo de treinamento por semanas, e os programas são semanais) e ele tem um VO2-Max de 2 litros, eu tenho que, nestas nove semanas, levar ele ate aproximadamente 3,5 litros e ir testando sua recuperação entre rounds durante as sessões de sparring. Acompanhamos, também, o nível de sua freqüência cardíaca, sobre o que falaremos a seguir. Eu também posso dar uma excelente condição física a um atleta sem chegar a 3,5 litros, porém é importante ter uma meta com este número. Um exemplo com um lutador muito conhecido no Brasil: Julio César Chavez. Era um lutador de baixa intensidade, avançando lentamente com passos curtos, chegando próximo ao rival e batendo em combinações de três ou quatro golpes fortíssimos. Tomava um tempo, chegava junto de novo e assim por diante. Bem, o VO2–Max de Chavez era de 3,994 l/m. Segundo seu preparador físico (o já falecido, Jose Maria Martin Búfalo) Chavez alcançava esses 3,994 l/m em apenas seis semanas de preparação, algo incrível que explica o condicionamento do mexicano, mesmo que não estivesse com alguma luta marcada. Chavez fazia, como faz até hoje, suas corridas pela manhã mesmo sem estar treinando. Ele confessou que não se sentia bem sem essa corrida diária. Outros lutadores (os que são treinados pra valer) variam de 3,3 a 3,7 l/m ou mais. Dependerá do organismo de cada atleta e de sua constituição.Como se mede o VO2-Max? Bem, existem dois métodos: um “certinho”, através da espirometria que se faz em laboratórios das universidades e em centros de treinamento avançados, como em clubes de futebol, aonde possuem um aparelho chamado espirômetro. Prova com espirômetro. No boxe, ante as dificuldades e carências que todos conhecemos, mesmo nos Estados Unidos fazemos um teste de campo. O teste de Cooper, muito popular entre preparadores físicos de outros esportes, mesmo que certamente não seja tão preciso quanto o espirômetro, é muito bom. Como nota, eu fiz algumas comparações entre um lutador testado no aparelho e depois fiz o teste de campo, sendo que o resultado não deixou uma margem muito grande. Sempre, porém, a prova com o aparelho indicava uma maior capacidade. Por isto, se um treinador tem a oportunidade de fazer o teste no espirômetro, eu o aconselho a fazer, pois este não só mede o VO2 como também dá uma série de diagnósticos, como avaliação de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou bronquite causada pelo cigarro, incapacidade funcional, avaliação pós-operatória e avaliação e diagnóstico de doenças respiratórias. Mas vamos lá. O teste de Cooper se faz em uma pista de corrida ou em uma máquina de corrida (esteira). O atleta vai correr por 12 minutos contínuos o máximo que ele puder. Ao final, mede-se o quanto ele correu e aplica-se a seguinte fórmula: VO2 = (Distancia percorrida - 504) / 45. Vamos ao exemplo: meu lutador percorreu nesses 12 minutos 2000 metros. Então: 2000m - 504 /45 = 33.244 mililitro – quilogramas – minutos. Porem, já acordamos em trabalhar em litros, pois é mais fácil, certo? Então multiplicamos os 33.244 pelo peso do lutador. 33.244 x 65 quilos = 2.160 litros/minutos. A questão do peso é muito importante. Se dois atletas correm a mesma distância, quem tem maior peso corporal terá melhor resultado. Às vezes fazemos os testes com vários boxeadores ao mesmo tempo na pista. O pugilista de 65Kg faz 2000m e fica rindo do lutador de 85 Kg, que chegou só a 1800m, sem saber que ele está em pior condição. Vejamos: 1800m - 504 /45 = 28.80 x 85 Kg =2.448 litros. Isto ocorre porque o corredor de 85kg transporta mais peso corporal. Outra dica importantíssima: se o lutador não tem uma mínima condição física por estar muito tempo parado, não se aconselha fazer o teste. Nesse caso, comece com os treinos de corridas e faça o teste somente depois que ele tiver uma melhor condição. Nota: Existem muitos outros testes de campo. O teste de cinco minutos do Dr Garcia Manso, o teste Fischer de 2.500 metros, o teste de Balke, e por aí vai. Todos têm uma sólida base científica. Muitos treinadores nos Estados Unidos (eu modestamente me incluo) ficamos com Cooper por muitas razões, porem qualquer deles vai lhes dar uma boa avaliação. Frequência Cardíaca após sabermos o nível físico do lutador, começaremos os treinos. O próprio teste do Cooper vai nos ajudar também como um medidor de nosso trabalho. Se, no primeiro dia da primeira semana, nosso lutador correu 2000m em 12 minutos, o próximo teste será feito no ultimo dia da quarta semana. Esse teste vai nos indicar quanto avançamos ou não. Devemos lembrar que estamos no período de condicionamento geral, aeróbico, e isto vai nos dizer se devemos seguir o plano prévio de cinco semanas ou se devemos adianta-lo ou atrasa-lo. Vamos precisar saber qual a freqüência cardíaca máxima (FCM) do lutador para estabelecer os nossos ritmos de cargas. Isto é uma medida de segurança e um guia muito preciso para nos orientar. Exemplo: No período de preparação geral (PG) aeróbica, o ritmo do treino não deve passar dos 80% da nossa FCM. Explico: se o atleta tem uma FCM de 200 ppm (pulsações por minutos) no PG aeróbico, ele deve manter os picos de 150 - 160 ppm durante os treinos. A freqüência cardíaca pode ser medida no pulso, no pescoço ou no peito. Porém, acho que todos conhecem o relógio que é também um monitor cardíaco que já vem com cinta. Ele é colocado no peito, quando se deve checar o relógio que mostra segundo a segundo a evolução de sua FC durante o treino. A freqüência cardíaca máxima (FCM) é o numero máximo a que devemos chegar durante um treino, sendo perigoso passar dele. Atingi-lo não é para qualquer um e por esta razão é que na segunda etapa do nosso programa de treino, Condicionamento Específico, é que se atingem estas marcas, depois de semanas de treino aeróbico na primeira etapa de Condicionamento Geral. Como saber a FCM? Vai depender da idade da pessoa. Para isto temos uma velha e eficiente equação: 220 - idade = FCM.Se o meu lutador tem 24 anos, então:220-24 = 196 ppm Pronto, agora já sabemos que a FCM de nosso boxeador é de196 ppm, e vamos utilizar esse índice para as distintas etapas do treino.Aqui vai um exemplo:Treino aeróbico = 70-80% da FCM = 137-156 ppmTreino anaeróbico = 80-90% da FCM =156-176 ppmTreino máximo = 90-100% da FCM =176-196 Bpm.

Nota: Se o atleta fica muito tempo sem treinar e está muito acima do peso, então os treinos começam com 60-70% da FCM. Esta é considerada a FC certa para a queima de gordura. Estas sessões de treino devem durar uma hora aproximadamente.Outra coisa bem importante. Esportes de combate têm uma diferença fundamental de outros esportes. Devemos lembrar que, além do esforço propriamente esportivo, os lutadores recebem golpes na cabeça e no corpo e isto cria uma particularidade que faz com que só os treinadores que lidam com isto saibam que às vezes têm que se pular etapas.

A Noção da Carga de Treinamento de Boxe

Conceito:
O treinamento esportivo se baseia na aplicação de carga de trabalho durante os treinos e competições. O conceito de carga, refere-se a solicitação de medidas fisiológicas do organismo causada por esforço físico e se expressa em uma reação funcional específica de uma determinada duração e profundidade. A taxa representa o valor do trabalho realizado durante o treino ou competição. Esquematicamente, isso significa: 1. As adaptações causam no corpo efeitos biológico-funcionais e psicológicos; 2. Através de um sistema de exercícios físicos organizados em métodos; 3. Através dos diferentes componentes da carga.

Em termos gerais, a carga é constituída por:
- A comparação do boxeador com as qualificações físicas exigidas pela formação intelectual e mental;
- O confronto com o seu objetivo de aumentar o desempenho atlético.

Tipos de Cargas:

1. Carga externa ou física - são aqueles dados indicadores de trabalho, quantificados por meio de parâmetros que indicam a quantidade e a qualidade da mesma (horas, milhas, milhas,exercícios de velocidade, etc.), quantitativamente através do carregamento dos componentes: comprimento, volume, intensidade, densidade e descanso. Através de seus componentes podem ser a classificá-los e foco no desenvolvimento de uma determinada capacidade condicional, permitindo assim que o trabalho de planejamento.
2. carga interna ou fisiológica - é o efeito de cargas externas sobre o corpo, caracterizado pelo nível de reações biológicas causados em sistemas funcionais. Isto é, as mudanças que ocorrem como resultado deste trabalho, conforme os estudos dos fisiologistas, bioquímicos e mesmo morfolóogistas (mudanças no tipo de fibras, aumento da massa muscular, perda de gorduras, etc.). A carga interna ajuda a decidir qual o nível adequado de trabalho, refletida na sua adaptação e  avaliar seu efeito sobre o nível de formação, comparação com a reação do organismo a várias cargas externas. No entanto, a determinação dos efeitos produzidos por uma carga externa no corpo é complicado por:

- O envolvimento de várias estruturas e sistemas do mesmo (que é um todo e, age como tal);
- A situação diferente de equilíbrio interno (homeostase) do corpo em momentos diferentes em comparação com o mesmo estímulo;
- A ausência ou impossibilidade de medição e avaliação objetiva do estado dos diversos sistemas e estruturas. Em princípio, os aspectos externos e internos de uma carga são proporcionais, e são estreitamente ligados entre si, em um pugilista. Além disso, essa relação não é constante permanentemente. Uma carga externa leva a algumas mudanças internas, provocando das alterações do corpo. Ao aumentar o seu nível, mesma carga produz menos efeitos e vice-versa, assim não haverá sobreposição entre os dois. Além disso, logicamente, à mesma carga externa provoca reações diferentes em boxeadores diferentes (outros encargos internos).

Esta relação de igualdade entre a carga externa e interna depende de:
- Capacidade individual de benefícios;
- Estado físico e mental do Boxeador no momento (disponível);
- Fatores meteorológicos;
- Altitude;
- Grau de oposição dos adversários;
- Instalações e equipamentos;
- Os fatores sociais e;
- O método de trabalho.

Componentes da carga

Quantidades significativas são determinadas e dosadas mesmo em formação. Na prática, elementos ou características que normalmente são usados para definir as taxas são: o volume, a frequência do treinamento, a duração do estímulo, a intensidade, a densidade, e o tempo de descanso.

DURAÇÃO

Conceito

É tempo de trabalho a nível de sobrecarga sem descanso. Ou seja, a duração da atividade, influenciando o organismo isolado de estímulo, uma série de estímulos de treinamento de força, ou uma fase do carregamento cíclico de exercícios. Cada estímulo tem um tamanho ideal do qual se desenvolve efeitos ótimos, com o mínimo de perda de tempo e energia.

Medição

Duração do estímulo é medido, por:
-Duração do tempo de exercício;
-Medida de uma única carga (tempo efetivo de realização de uma série de repetições de um exercício), no caso de trabalho acíclicos. Junto com os outros componentes da carga que influenciam a eficácia e o impacto da orientação de treinamento. Na atividade cíclica, diminui a duração, com intensidade crescente (maior velocidade), ou ao executar uma quantidade igual de repetições em um curto espaço de tempo (devido ao aumento do uso da força por unidade de tempo). Nos exercícios acíclicos, a elevação do nível, provoca um aumento na duração do estímulo.

VOLUME

Conceito

É o número de solicitações exercidas sobre o corpo do boxeador. É o aspecto quantitativo da carga. Destina-se a adicionar todos os elementos homogêneos e, portanto, refletem o montante total da atividade realizada durante o treinamento. Refere-se, portanto, a quantidade de trabalho feita durante uma sessão ou ciclo de formação. No caso de trabalho pelo método contínuo, o volume é igual ao tempo de duração do estímulo de treinamento, dividido pela soma das durações destes estímulos.Medição

O volume é facilmente mensurável, sendo a soma dos parâmetros quantitativos semelhantes utilizados nessa sessão ou ciclo de formação. As unidades de medição do volume devem ser definidas de forma adequada para boxe e, dependendo do conteúdo da sua formação: Tempo total de trabalho parecem ser os denominadores comuns para esses esportes. O número de exercícios, e combinações de elementos e do número de sessões em um dado ciclo também podem ser usados.

Tipo

Existem dois tipos de volume: "Quanto à quantidade total de trabalho dedicados à formação de um boxer, durante uma sessão de treino. - Volume Absoluto: a quantidade real do trabalho realizado individualmente por cada lutador, normalmente em poucos minutos. - Volume Relativo: é a quantidade de trabalho feita pelo grupo. Pode exercer influências diferentes a cada um do grupo. Pode acontecer que tenha-se o mesmo volume em diferentes tamanhos e todos. Para a definição de uma carga é necessário que o volume venha associado a uma determinada intensidade. A carga de uma determinada intensidade só é eficaz se mantida por um determinado volume (tempo ou distância). O volume é uma função de intensidade, e não há tamanho ideal. Causas das respostas adaptativas a longo prazo (transformações morfológicas e funcionais estáveis), enquanto que apenas secundariamente produz adaptações imediatamente utilizadas. Ela desempenha um papel decisivo na obtenção dos resultados no boxe. Em contrapartida, influencia a duração da manutenção da forma desportiva. Quanto mais tempo você tem para o período de preparação, mais tempo o nível permanecerá elevado, mas nisto também influenciam, a idade e o nível de aptidão. A dinâmica do volume durante as fases de treinamento, varia de acordo com as características do boxeador, com sua ergogêneses, com os objetivos propostos, com as necessidades do boxeador e com o calendário de competição (luta).

Limites

Os principais fatores limitantes do volume são:
Não é possível aumentar os volumes de forma continua e indefinida, porque ninguém pode treinar mais do que 4 horas por dia (mesmo um profissional), até porque também produz uma deterioração das funções do corpo ao longo do tempo, depois de cada treino.
- Sua relação com o desempenho esportivo. O aumento da quantidade de trabalho deve ser progressivo, respeitando os limites do atleta. O aumento de volume, depois de certo ponto não contribui mais para a melhoria das capacidades físicas.
No boxe, atualmente, não são utilizados volumes tão elevados, como em épocas anteriores. Atualmente, os valores de volume caíram cerca de 20%, e podem ter sua intensidade, aumentada progressivamente .

Dadas essas limitações, a vida desportiva ao longo da quantidade de trabalho na formação, evolui na sequência para cima até estabilizar.

Intensidade

Conceito:

É o componente qualitativo do estímulo ou a carga de treinamento. É definida pela quantidade de treinamento ou trabalho feito em função da unidade de tempo. Também é considerado como o grau de tensão na atividade de um sistema funcional do corpo que permite a realização adequada de um determinado exercício. Intensidade = Energia = Trabalho (W) / Tempo (t) Quanto mais trabalho por unidade de tempo, ou para trabalho igual, realizado no menor tempo, desenvolve mais potência e, portanto, maior intensidade. A intensidade exprime o modo ou maneira em que foi feita uma certa quantidade de trabalho (mais ou menos rapidamente, em maior ou menor tempo). É a função da estimulação dos nervos usados no treinamento, dependendo da carga (quilogramas ou libras), da velocidade ou a qualidade de execução, e do intervalo de descanso entre as repetições. Ela depende apenas do esforço muscular, mas também da energia nervosa necessária durante a realização do treinamento ou competição. O volume e a intensidade apresentam as características opostas em relação à capacitação. Deve prevalecer a intensidade no período próximo a competição (luta), para elevar o nível de preparo físico para a competição, visando garantir a preservação da forma e sua materialização em bons resultados.

Limite:

A principal limitação de seu uso na formação é a idade dos lutadores, porque ele foi o aspecto mais exigente do estímulo.


Medição:

Geralmente é mais difícil de quantificar o volume que é o produto de dois parâmetros: espaço e tempo.

Formas concretas de medição:
 Os principais parâmetros fisiológicos para determinar a intensidade do treinamento são:
1 - A frequência cardíaca (FC);
2 - O consumo máximo de oxigênio (V02 máx);
3 - O nível de lactato sanguíneo. Estes dois últimos parâmetros não estão disponíveis, diretamente, a um treinador, pois necessitam de equipamentos especializados para sua avaliação.

4 - Frequência cardíaca: Escala Nikiforov, onde a intensidade absoluta é medida com base na frequência cardíaca em batimentos por minuto em um intervalo específico:

Intensidade da Pulsação:
Máxima: 185;
Adicionado:170-185;
Media: 150-170;
Baicha 120-150.

Escala de intensidade com base na frequência cardíaca Nikiforov.

Bompa calcula a intensidade parcial média por um ano de sessão, respectivamente, com base na frequência cardíaca. Para um exercício, a relação percentual entre as batidas por minuto de trabalho em relação ao máximo possível: Intensidade parcial = F.C. ano x 100 =% Football Club máxima

Para a intensidade média da sessão irá utilizar a fórmula seguinte: Média intensidade = intensidade (parcial (%) x volume de exercício) =% (Soma dos volumes de exercícios)

Em ambos os casos o resultado como uma porcentagem, é avaliada de acordo com a referida escala "Harre". Também utilizando a fórmula de Karvonen pode encontrar um índice de intensidade da frequência cardíaca: Intensidade F.C. = F.C. Empregos - Football Club descansar Football Club Max - Football Club descansar

O resultado é de zero a um, dos valores da frequência cardíaca máxima e de repouso, respectivamente, são determinados subtraindo-se a partir da idade do lutador a 220 pol / min, e por sua medida na linha de base (de manhã ao acordar e antes de crescente).



Você deve ter uma atualização das regras e do ranking nacional ou internacional, conforme o caso.

Os treinadores devem observar as ações técnico-tácticas dos adversários em potencial que deve enfrentar seus atletas com o objetivo de criar a estratégia para um possível enfrentamento. Devem ter registros gráficos visíveis aos boxeadores, com informações das datas de suas lutas, do seus próximos adversários e do país ou da província a que pertencem.

O Excesso de Treinamento no Boxe (Overtraining)

Conceito:

A síndrome do overtraining é associado com a presença de fadiga prolongada e diminuição do desempenho atlético, na sequência de um período de treinamento intenso ou competições duras e frequentes, o que é avaliado através de testes laboratoriais funcionais ou por comparação com o resultados de testes anteriores ou competições.

Sintomas:

Normalmente, nestas condições, o boxeador fica apático ou deprimido, com uma imagem que envolve um certo grau de depressão.

Além disso, em muitos casos de excesso de treinamento, são relativamente frequentes infecções intercorrentes, particularmente do trato respiratório superior, que ocorrem durante os períodos de pico do estresse ou tensão induzida pela competição ou treinamento muito duro e frequente.

Um aspecto importante dos estágios iniciais de overtraining, é a recuperação insuficiente; esta fase de sobrecarga ocorre geralmente após vários dias de sessões com muita carga. A manifestação mais evidente desta situação é a fadiga muscular, devido à recuperação metabólica inadequada, o que determina uma menor capacidade de resposta de energia e, consequentemente, uma redução no desempenho atlético.

Períodos de atividade leve ou moderada, bem espaçados, são benéficos para o boxeador, pois elas aumentam, de forma inespecífica a resistência do corpo contra as situações estressantes ou desfavoráveis, tais como hipertermia, hipóxia, refrigeração, irradiação e infecção .

No treinamento "forçado" muito intenso e prolongado, realizado sob tensão emocional, e sem recuperação adequada, a resistência não específica é o que primeiro se perde, e então as funções vegetativas são comprometida e, finalmente, afeta a coordenação dos movimentos, o que leva a uma redução mais ou menos acentuada no desempenho atlético.

Isso se reflete de forma evidente no caso de "excesso de treinamento", que pode ser a causa e, por sua vez, o resultado de uma condição mórbida que pode afetar, de maneira especial aos boxeadores de elite .

Do ponto de vista de prognóstico é necessário distinguir o excesso de treino, se de curta duração, ou de longa duração, que pode levar a um estado de cansaço, exaustão e baixa performance. No primeiro caso, após a sobrecarga, há uma recuperação adequada permitindo um estado de super-compensação. Se apesar do período de recuperação adequado, não ocorre a devida recuperação, certamente temos indícios de "overtraining". Esta situação ocorre devido a um desequilíbrio entre a carga do trabalho de treinamento e o tempo de recuperação necessário. Gera a queda no desempenho atlético (em competição ou na prática) aumentar a carga de trabalho sem prestar a devida atenção ao processo de recuperação.

Como a transição entre um treinamento adequado e síndrome do overtraining é gradual, é muito difícil de diagnosticar a situação nas fases iniciais da mesma. Atualmente, não existem parâmetros confiáveis, específicos e sensíveis o suficiente para detectar o excesso de treinamento. Em qualquer caso, a característica básica da síndrome de overtraining é a falta de desempenho ou "incompetência" no esporte. Seja qual for a condição de um boxeador, se mostrar bom desempenho atlético não sofre de excesso de treinamento.

No entanto, para ter-se certeza de que a redução do desempenho atlético é devido a esta situação, deve-se eliminar outras possibilidades que podem afetar (doenças, traumatismos, anemia, desnutrição, etc) .. Na verdade, uma vez eliminando-se a possibilidade de existência de algum tipo de patologia no boxeador que, apesar de seguir um programa de formação adequada, não produz e não responde, dentro de alguns dias de folga e descanso, certamente está sofrendo da SÍNDROME DO EXCESSO DE TREINAMENTO.

Entre os aspectos mais frequentemente associada com a síndrome de "overtraining" incluem:

1-diminuição do desempenho desportivo,

2 cansaço - marcada,

3-dor ou dores musculares,

4-lesões por sobrecarga,

5-alterações no apetite,

6-distúrbios do sono,

7-modificações de caráter,

8-menor resistência à infecção,

9-dificuldade de concentração, etc .. ,

10-além de outros sintomas, muito diferentes, como mudanças na resposta metabólica ao estresse (com menor produção de lactato), os menores valores da frequência cardíaca máxima e submáxima, etc

A síndrome de "overtraining" pode ser devido, na verdade, a mais do que um tipo de processo. Da mesma forma como é conhecida a existência de vários tipos de diabetes ou câncer, podemos distinguir dois tipos principais de eventos associados com a síndrome de excesso de treinamento. Muito amplamente descrito, existem duas formas de "overtraining": o tipo simpático e o parassimpático.

O primeiro modo é caracterizado por aumento da atividade simpática em repouso enquanto o segundo apresenta com uma diminuição da atividade simpática e predomínio da atividade parassimpática em repouso e durante o exercício. Supõe-se que é uma fase de demonstração agradável ou estágio intermediário entre o estado normal e relacionado com predomínio parassimpático.

Além de mudanças psicológicas (alteração no temperamento, tendência à depressão, etc) e fadiga ou cansaço que mostram os boxeadores afetados. Um processo que muitas vezes, também é associado ao excesso de treinamento é a lesão muscular, muitas vezes relativamente suave. Como resultado dos danos no tecido muscular e / ou do tendão produziu uma resposta inicial da ativação do sistema imunológico durante o qual os leucócitos são atraídos para o foco, para remover as áreas afetadas e permitir a regeneração da correspondente estruturas. No entanto, nestas circunstâncias, ele também aumenta os níveis de hormônios de estresse como o cortisol, que pode afetar negativamente a concentração e disponibilidade dos leucócitos diferentes. Este tipo de reação, que pode ser classificado como um tipo de esforço ou resposta natural do organismo para evitar a destruição excessiva de tecido danificado, tem sua contrapartida no fato de que enfraquece o sistema imunológico como um todo, para se defender contra os ataques de bactérias e vírus, o que torna o boxeador mais suscetível a infecções.

Naturalmente, os boxeadores estão relutantes em abandonar ou reduzir o nível de treinamento e têm as suas boas razões, as adaptações fisiológicas induzidas pelo treinamento são perdidos dentro de dias, se nenhuma atividade é feita regularmente. No entanto, se um boxeador permanece em treinamento com um músculo ou músculos com lesões, vai piorar a situação, impedindo o reparo apropriado do tecido e mantendo um estado de inflamação crônica, com altos níveis de hormônios. Um aspecto prático desta situação é o facto de três a seis dias após sofrer uma lesão muscular, os boxeadores não percebem que seus músculos não estão ainda em condições, o que pode levá-los a fazer esforços, prematuramente.

Outra desvantagem são as lesões musculares associados com distúrbios da taxa de reposição de glicogênio muscular.

Os estoques de glicogênio reduzido como resultado do esforço físico, não podem ser recuperados em um ritmo adequado, porque as células lesadas têm uma reduzida capacidade de captar a glicose necessária para isso, resultando em menor resistência nos exercícios subsequentes ou as sessões treinamento.

Os baixos níveis de glicogênio, induzida por uma combinação de exercícios e uma dieta com uma oferta insuficiente em carboidratos, são associados, em muitos casos, a diminuição dos níveis de glutamina no plasma de aminoácidos necessários para o bom funcionamento das células o sistema imunológico. Isto sugere que a lesão muscular induzida pelo esforço físico, pode levar a uma redução do desempenho atlético e, por sua vez, tornar o boxeador mais suscetível a infecções.

A síndrome do excesso de treinamento é uma entidade mal definida, com uma fisiopatologia muito difusa. É difícil determinar qual deve ser o tratamento mais adequado para cada situação. Em qualquer caso, é evidente que é aconselhável a identificação precoce de alterações que indiquem uma possível evolução para essa situação, e acima de tudo, estabelecer as medidas adequadas para prevenir a sua ocorrência.

Prevenção:

1 - incluir um ou dois dias de repouso / recuperação no horário de trabalho semanal, mais volume de formação nem sempre significa melhor desempenho atlético.

2 - quando os lutadores tenham algum desconforto, não treinar com faringite, gripe, .. ou outra infecção sistêmica e, gradualmente, retomar o programa de treinamento, uma vez que você passar a doença.

3 - Não manter os boxeadores em contato com pessoas doentes, porque depois das sessões de treinamento, o boxer é mais suscetível a infecções.

4 - garantir uma boa alimentação, com uma oferta adequada de carboidratos, vitaminas, aminoácidos, compostos de proteção(como antioxidantes).

5 - garantir que os combatentes tenham o descanso apropriado, durante o dia e e a noite.

6 - minimizando as circunstâncias que envolvem uma situação de stress ou estresse psicológico para o boxeador.

7 - promover o estabelecimento de um programa regular de acompanhamento do desempenho atlético, por exemplo, sangue ou qualquer prova, mais ou menos específicas, que permite a detecção de situações que podem levar a uma situação de redução na formação e desempenho esportivo.

Solução:

Uma vez identificada a situação de overtraining, que normalmente apresentam as características de uma imagem clara, com predomínio parassimpático, será necessário instituir as medidas "terapêuticas" adequadas, entre as quais incluem aquelas destinadas a eliminar todos os fatores biológicos e sociais que favorecem esta situação, o que implica em:

I-reduzir a carga de trabalho

II-realização de treinamento intervalado, evitando a monotonia e um pequeno número de fases ou sessões de alta intensidade

III-gerar grande predominância de exercícios divertido.

IV-Incentivar exercícios de ginástica (flexibilidade, alongamento)

V-eventualmente, fazer mudança de cenário, estimulantes, tais como viagens para o clima marítimo, com mais tempo gasto no exterior, em uma atmosfera ensolarada.

VI-seguir uma alimentação adequada, ajustado ao gasto energético e ingestão desses suplementos que, racionalmente, podem fornecer qualquer benefício adicional seguiram uma dieta mais rica em proteína animal, acidificantes personagem.

VII-fornecer aconselhamento, pró-ativo, para contrariar a tendência para o estado mais depressivo.

Em qualquer caso, deve notar-se que esta situação, pode levar várias semanas antes de o boxeador voltar a uma situação de relativa normalidade, e ainda, você deve esperar algum tempo para que o boxeador reconquiste as condições normais para ele voltar ao nível inicial de treinamento.



  Estrutura, Planejamento e Periodização do Treinamento Esportivo

 Objetivos do Planejamento Esportivo:


-Obter a Forma Ótima Esportiva na Competição Fundamental, e assim os melhores resultados competitivos dos atletas;

-Estruturar a preparação de acordo com as fases da Forma Ótima Esportiva;


-Aplicar os Métodos, Meios e procedimentos adequados as características do esporte, atletas e calendário

-Aspectos que determinam a Estrutura do Treinamento Esportivo

-Calendário Competitivo;
-Organização das Cargas de Treinamento de acordo com as características dos Atletas;
-Definir a direção do Treinamento objeto da Preparação.

PERIODIZAÇÃO

O que é Periodização? Consiste em subdividir um período especifico de treinamento (Macrociclo), em periodos menores ou fases (Mesociclos), com cada mesociclo sendo separado novamente em Microciclos semanais.

MACROCICLOS

O que são Macrociclos? - É um espaço temporal de treino planificado, em que aplica-se o plano de organização geral do treinamento e pode ser dividido em anual, bianual e olímpico (com duração de quatro anos).



Dividi-se em fase de preparação, que abrange duas etapas: uma básica (ou de base) e outra específica (ou de especialização). Visando proporcionar um condicionamento da aptidão do indivíduo que permita-o alcançar “performances máximas” em etapas mais avançadas do treinamento; na fase básica trabalha-se com maior volume e menor intensidade, visando desenvolver a resistência aeróbia, a resistência muscular localizada, a resistência da força estática, a flexibilidade, etc.; já na fase específica diminui-se o volume e aumenta a intensidade, uma vez que o objetivo do treinamento é dar ênfase na resistência anaeróbia, na força dinâmica, estática e explosiva. Além também, de se proporcionar a manutenção dos ganhos, das qualidades físicas, obtidos na fase básica.



Período de Performance, ou de competição, é o período onde se atinge o auge da performance do indivíduo, onde se reduz o volume e a intensidade (em 20 a 30%) do treinamento visando o “polimento final” da condição atlética, a performance máxima.



Período de transição, que é o final do macrociclo, e situa-se entre o período de competição e reinicio de um novo ciclo de treinamento (macrociclo). Sua função principal é promover uma recuperação total do individuo em função dos exigentes esforços a que foi submetido nas fases anteriores do treinamento.



Mesociclos


Um macrociclo é composto de vários mesociclos (no mínimo quatro). Um mesociclo é formado por vários microciclos – normalmente de três a seis (Dantas, 1985).

Esse ciclo de treinamento encontra-se intimamente correlacionado aos princípios da sobrecarga e da interdependência volume-intensidade, com vistas a proporcionar a aplicação de cargas crescentes com respectiva recuperação, visando progressos na performance.



Microciclos

Neste curso mostraremos o conceito e os diferentes tipos de Microciclos para usá-los no planejamento.

Microciclo é o menor ciclo de treinamento. Normalmente possui a duração de sete dias, coincidindo com o período de uma semana.



O planejamento dos microciclos é essencial para a formação desportiva. Eles são comumente confundidos com uma sessão de treinamento ou uma rotina específica.



Atletas olímpicos, ou aqueles que foram preparados com vista à sua participação, pela primeira vez para os Jogos foram submetidos a um treinamento cuidadoso e rigoroso que ocupavam a maior parte do dia, da manhã até a tarde.

A série a que nos referimos anteriormente, agrupados de acordo com a especialidade do atleta, repetindo-se em um ciclo são inalterados numa jornada de quatro dias (TETRA). A dosagem da intensidade desta  preparação, tornou-se semelhante ao que é praticada hoje por alguns treinadores, sem alterar a semelhança técnica, apesar da grande distância de tempo (séculos) entre os dois momentos desportivos. O treino leve no primeiro dia da "tetras" intensificou-se consideravelmente no segundo dia, para dar lugar a um terço de calma ou muito leve. Para muitos pesquisadores das Tetras, elas são o antecedente do que hoje conhecemos como microciclos. Lev Pavlovich Matveyev, o pioneiro da moderna metodologia de treinamento esportivo, disse: "Como agora, o período de treinamento é dividido em ciclos ou períodos. Estes incluíram o tetra quatro ou plano de dezembro. Estamos agora utilizando ciclos semanais, quinzenais como usual.”

Microciclo A palavra vem do grego, micro significa “pequenos quilos”, e “ciclos”, significa círculo. Então temos, “pequeno círculo ou ciclo”. Lev Pavlovich Matveyev em 1962 deu o nome a estas estruturas.

Microciclos são as estruturas organizacionais de treinamento esportivo e consistem em uma série de sessões de formação organizadas de uma forma coerente de acordo com o tipo de Microciclo em causa. Microciclos dentro de ciclos de formação são a variante mais da formação do ponto de vista organizacional.

A estrutura do Microciclo é dada pela relação entre trabalho e descanso. Cada Microciclo é composto de pelo menos duas fases:

1. A fase gradual, o que está relacionado ao grau de fadiga.

2. E uma fase de recuperação de sessão (ou de descanso para recuperar em tudo).

Os fatores e circunstâncias que influenciam a estrutura dos microciclos são:

a) O regime geral da atividade vital do atleta (incluindo estudos de laboratório ou l) atividade ea dinâmica da capacidade de trabalho, condicionado por ele.

b) o conteúdo, o número de sessões e ficha de magnitude das taxas no Microciclo.

c) peculiaridades individuais de reação às cargas de treinamento e fatores bio-rítmicos.

d) Local de microciclos no regime geral da organização da formação.

Existem diferentes classificações para os Microciclos (estruturas de organização de treinamento sistematizado).

Pelo fato de os microciclos de treinamento terem curta duração, em geral uma semana, o boxeador normalmente se adapta bem ao treinamento. Os microciclos tem várias funções durante o ano, seja na fase de treinamentos ou nas competições. Uma delas é a função de reparar os imprevistos que levam o boxeador a interromper o treinamento devido lesões, enfermidades, acidentes entre outros possíveis problemas, fazendo com que sua estrutura se adapte ao que seja necessário no momento.

A Estrutura do Programa dos Microciclos.

Costuma-se chamar de microciclo de treinamento a série de tarefas que garante a solução de uma tarefa complexa em determinada preparação. A duração dos microciclos varia de quatro até quatorze dias. Porém são mais utilizados os microciclos de sete dias. Os microciclos com outras durações são planejados geralmente em períodos competitivos, por estarem relacionados com a necessidade de alterar o treinamento de acordo com as competições iminentes.

Em relação aos tipos de microciclos, podemos destacar os de participação, os de choque ou de impacto, os de ligação, os de recuperação e os competitivos.

Microciclos de Participação: Utilizados na preparação dos boxeadores para o trabalho de treinamento intenso. Esses microciclos são raramente utilizados na etapa de preparação especializada dos períodos preparatório e competitivo.

Microciclos de Choque/Impacto: Caracterizados pelo grande volume total de trabalho e por grandes cargas, tem como objetivo favorecer os processos de adaptação do organismo. Com nível de estímulo bastante elevado, são utilizados em época preparatória e competitiva.

Microciclos de Ligação: Tem como objetivo introduzir o boxeador diretamente na competição. Com composição extremamente variada, dependendo do comportamento físico e mental de cada boxeador nas competições e treinamentos. Por isso, nestes microciclos, pode ser reproduzido o regime da competição e podem ser solucionadas questões relativas à recuperação completa e ao equilíbrio psicológico.

Microciclos de Recuperação: Geralmente seguem o grupo dos microciclos de choque/impacto. São utilizados após atividade competitiva intensa. A principal função desses microciclos é fazer com que o triatleta consiga desenvolver os processos de recuperação e de adaptação corretamente. Para isso, são utilizados meios de promoção do descanso ativo e uma carga total relativamente pequena.

Microciclos competitivos: São organizados de acordo com o calendário e com as competições mais importantes escolhidas pelo atleta e seu treinador. Sua estrutura pode ser montada com treinamentos específicos de cada competição iminente. Nos microciclos competitivos, deve-se dedicar atenção, em primeiro lugar, à recuperação completa e à garantia das condições para obtenção do pico do performance nas principais provas. Para atingir este objetivo é necessário organizar os treinamentos, descanso e recuperação, assim como uma alimentação adequada, o devido equilíbrio psicológico e a utilização de meios de recuperação.

Finalizando, cada um dos microciclos apresentados tem como objetivo resolver as possíveis dificuldades que aparecem nas diferentes etapas da temporada de treinos e competições do boxeador. Repetindo, cada microciclo deve lidar com a fadiga e recuperação de cada um individualmente, considerando o princípio da individualidade biológica.





Princípios do Treinamento Desportivo.


Todo o trabalho desenvolvido na periodização do treinamento deve encontrar-se enquadrado nos Princípios do treinamento desportivo. Sendo assim, o valor dessa periodização assume dois papéis de grande relevância: organização de todos os estímulos de forma apropriada, em consonância com todos os objetivos previamente determinados; e proporcionar a otimização da performance através de um equilíbrio entre os esforços de treinamento e o tempo de recuperação necessário para o restabelecimento das reservas orgânicas.



O respeito a esses princípios, proporcionará o desenvolvimento de um treinamento seguro, rápido (não confundir com rapidez, aceleração do processo; é o “tempo”, correto do treinamento), e eficiente.



Princípio da Individualidade biológica.



Onde se baseia o principio das diferenças individuais, ou seja, somos resultado da associação do genótipo - nossa carga genética, adquirida de nossos ancestrais, principalmente dos pais - com o fenótipo - as influências que o meio-ambiente exerce sobre nós.

Segundo Dantas (1985), “pode-se dizer que os potenciais são determinados geneticamente, e as capacidades ou habilidades expressas são decorrentes do fenótipo”. Assim, respeitando este principio estaremos respeitando as possíveis limitações oferecidas por esse indivíduo oportunizando uma melhor adaptação sua à esse tipo de atividade.



Segundo Dantas (1985,24), o princípio da adaptação no treinamento tem por objetivo “quebrar”, através de stresses físicos, a homeostase do organismo (estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e o existente entre este e o meio ambiente), desencadeando um processo denominado de Síndrome de Adaptação Geral (SAG). Os agentes estressantes (esforços físicos) desencadeiam a SAG em três etapas: fase de excitação, fase de resistência (que provoca adaptações ao organismo), e fase de exaustão (que provoca danos ao organismo). A periodização tem por objetivo desencadear essa SAG até a sua segunda etapa, evitando os processos de “over training”, ou seja, os excessos do treinamento.



Também conhecido como o principio da elevação progressiva da carga. Este principio relaciona-se às adaptações sofridas pelo organismo em consequência aos estímulos de treinamento (esforço físico). O aumento regular e progressivo da carga (total) de trabalho é que possibilitará a almejada melhoria de rendimento. Observa-se que essa reação do organismo é muito rápida inicialmente, tornando-se mais lenta à medida que o indivíduo atinge níveis de performance cada vez maiores e melhores.



Este princípio encontra-se diretamente relacionado não só às intensidades dos estímulos de treinamento como também, e principalmente, ao tempo de recuperação orgânica consequente à essas próprias intensidades de treinamento. Assim sendo, a aplicação de uma nova carga de trabalho dependerá da intensidade da carga anterior; do período de recuperação (anabolismo); e do período de restauração ampliada (ou supercompensação). O período de recuperação somado ao período de supercompensação produzem um efeito de assimilação compensatória, ou seja, o período no qual ocorrerá o “superávit energético” (Gomes/ Araújo 1992) visando a obtenção de um nível de capacidade física cada vez maior e melhor.



Dosar bem todo esse processo é fundamental, pois um período de recuperação demasiadamente longo não levará a modificações da performance, já um período de recuperação insuficiente fatalmente levará a um estado de strain (Carlyle 1967, por Tubino 1984) ou super-treinamento (Weineck 1989), evidenciando consequentemente sintomas de exaustão. Segundo Dantas (1985) “o processo de exaustão possui um caráter progressivo e exponencial”.



treinamento; a intensidade do treinamento; e ambos, tanto o volume quanto a intensidade do treinamento. Enquanto o volume traduz o somatório, a quantidade total da carga de treinamento, a intensidade denota a qualidade do treinamento, o tipo específico de carga que o indivíduo encontra-se submetido.



Princípio da continuidade



O treinamento baseia-se na aplicação de cargas crescentes, progressivamente assimiladas pelo organismo. O fator que não só proporciona como também, e principalmente, assegura essa melhora de rendimento é a continuidade do processo de treinamento, caracterizado pela alternância entre os stress crescentes (esforços físicos) e o período proporcional de recuperação.



As contusões, as faltas frequentes e os períodos muitos longos de recuperação, segundo Gonzáles (1985), são as principais causas que atuam negativamente sobre o processo de treinamento (Gomes/ Araújo Filho, 1992). Desta forma não só deixamos de ganhar como também corremos o risco de perder performance.



Princípio da interdependência volume-intensidade


Este princípio aborda os diferentes tipos de sobrecargas, ou seja, quando há um aumento no volume de treino ou quando o aumento se dá na intensidade o treinamento.


Tubino (1984) cita que os estudos de Kashlakov (1970) constataram que os êxitos de treinamento estão sempre referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, e que a predominância de uma dessas variáveis em relação a outra dependerá diretamente da fase de treinamento desenvolvida, seguindo ainda uma orientação de interdependência entre si. “Isto quer dizer que, dependendo de uma série de fatores e variáveis intervenientes, qualquer ação de incremento do volume provocará modificações na estimulação da intensidade, sendo que a recíproca será sempre verdadeira”, declara Tubino.



Na periodização de um treinamento, a ênfase no volume (quantidade) da carga de trabalho desempenha uma função de base para aquisição de futuros resultados, por outro lado, o incremento na intensidade (qualidade) assume como propósito alcançar o ápice do condicionamento físico.



Princípio da especificidade


Este princípio, como a própria terminologia propõe, baseia-se nas particularidades, nas características específicas da atividade. Assim, todo o treinamento deve ser direcionado em função dos requisitos específicos da própria atividade escolhida, levando-se em consideração principalmente às qualidades físicas, o sistema energético predominante e a coordenação motora exigida (técnicas específicas).



Princípio da variabilidade


Este princípio encontra-se fundamentado na idéia do treinamento total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais completo possível, do indivíduo.

Para isso deve-se utilizar das mais variadas formas de treinamento que incluem o estímulo de diferentes métodos, estratégias, exercícios, intensidades,..., tudo de acordo com os objetivos previamente estabelecidos.



Quanto maior for a diversificação desses estímulos - é óbvio que estes devem estar em conformidade com todos os conceitos de segurança e eficiência que regem a atividade - maiores serão as possibilidades de se atingir uma melhor performance.
  

--Contribição RINGUEMASTER--

Modelos Práticos de treinamento de Alto Rendimento

(Amador e Profissional)

CAMPEÃO OLÍMPICO AMADOR:
(Etapa de Condicionamento Geral)

Sessão da Manhã


1. Antes da corrida, alongamentos para aquecer  por 15 minutos;
2. Corrida de 6km (quando não tem sparring à tarde, pode ser de até 9 quilômetros);
3. Shadow-boxing (sombra): 2 x 3:30min (Esta é a principal atividade de treinamento para o aperfeiçoamento técnico no boxe);
4. Bater sacos: 3 x 3:30min;
5. Pular corda: 1 x 5 minutos (Este é o principal exercicio de físico visando o condicionamento especíifico para o boxe);
6. Exercícios variados;
7. Alongamentos: 15 minutos;
8. Fim do treino.

Sessão da Tarde.

1. Aquecimento: 15 minutos
2. Bater sacos: 2 x 4 minutos
3. Sparring: 3 x 5 minutos
4. Pular corda 1 x 4 minutos
5. Exercícios variados
6. Alongamentos: 10 minutos
7. Fim do treino.


Como se vê, em duas sessões de treino no mesmo dia se chegou a quase 3 horas de cargas. Este exemplo é como um guia para ter-se noção do volume aproximado das cargas físicas em um período de condicionamento físico geral. À medida que a luta se aproxima, vão se modificando as cargas no geral e as especificidades técnicas e táticas em particular.

O boxe amador tem critérios variados  quanto a planejamento de treino, de acordo com as condições disponíveis. Os cubanos, que têm os boxeadores concentrados todo o ano e que podem planejar a vontade, tem a facilidade de fazer programas de treino até de 4 anos, ou seja, de Olimpíada em Olimpíada. E, no ínterim, escolher distintas competições durante o ano como parte desse planejamento.Mas isso é impossível em quase todos os outros países do mundo. Nestes, o lutador de boxe estuda ou trabalha e tem pouca disponibilidade para treinar na academia. Então, para estes casos é que devemos concentrar nossos estudos,  pois nesta lógica muitos técnicos competentes no mundo afora têm criado diversos sistemas para manter seus lutadores em ótima forma, mesmo tendo pouco tempo para treinar.

CAMPEÃO MUNDIAL PROFISSIONAL:

Sessão da Manhã

1. Após o café da manhã, aquecimento e exercícios respiratórios: 15 minutos
2. Corrida: 8 quilômetros ou 40 – 50 minutos
3. Exercícios variados: 15 minutos
4. Alongamentos: 10 minutos.
5. Almoço.
6. Descanso.


Sessão da Tarde

1. Aquecimento: 15 minutos
2. Pular corda: 1 x 5 minutos
3. Shadow-boxing (sombra): 4 x 4min x 30s
4. Manopla técnica: 4 x 2:30min x 30s
5. Bater sacos 4 x 3:30min
6. Exercícios variados: 20 minutos
7. Alongamentos: 10 minutos

Sessão da Noite

1. Musculação – circuito de resistência (maior número de repetições, pouco peso).
Nota: Estes dois exemplos de um dia de treino foram escolhidos aleatoriamente. Cada dia é diferente: ex. um dia tem sparring à tarde, e outro dia em vez de corrida longa tem Fartlek de manhã, etc. Este exemplo tem como objetivo apenas de dar uma base para entender-se a rotina.




CAPÍTULO III 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS DE BOXE 



Técnicas Ofensivas:

Genericamente, os golpes são: Retos, Ganhos, Cruzados.

Especificamente, na classificação moderna, o número de golpes do boxe é: 12.

Características dos Golpes: Velocidade, Precisão, Impacto.

O golpe mais utilizado no boxe é o Jab da primeira mão.
O golpe mais forte do boxe é o cruzado com a mão de tráz.



Técnicas Defensivas:

*A Guarda: Deve proteger os pontos vitais do boxeador, basicamente o queixo ( no rosto), plexo e costelas ( no tronco), permitindo-lhe atacar e defender-se com facilidade.

*Posições de Guarda: direita, esquerda e frontal.

*Com as Mãos: Bloqueios, Desvios, clinche.

*Com as Pernas: P. traz, P. Frente (no abafa), P. Esquerda, P. Direita.

*Passos Planos: Frente, traz, direita, esquerda.

*Deslocamentos: Giros (P. direita, P. esquerda);

*Saltos Deslizantes: P*traz.

* Com o Tronco: Esquivas Circulares (Direita, Esquerda), laterais (P. Direita, P. esquerda).



Obs: Muitas vezes o ataque também pode servir de defesa, inibindo os ataques do  adversário.




 CAPÍTULO IV 
FUNDAMENTOS TÁTICOS DE BOXE 



O que é Tática?

A tática é muito antiga, o termo é originalmente usada no campo militar, em que é entendida como uma tática para uma ação ou método para alcançar êxito ao enfrentar o inimigo em batalha. No entanto, seu uso tem sido estendido a outros campos, teóricos e práticos (como economia, comércio, ou esportes. A tática é a maneira de alcançar um objetivo previamente definido pela estratégia. Ambos os termos são facilmente confundidas, e é bastante habitual utilizá-los indiscriminadamente por ignorar a diferença de conceito entre os dois. Por exemplo, se o objetivo global de ganhar um conflito é uma guerra contra outro país, pode ser uma estratégia para reduzir a capacidade de luta do outro povo, destruindo as suas forças militares. As Táticas são as ações específicas realizadas em locais específicos.

A Tática no Desporto.

Existem diferentes pesquisadores no mundo dos esportes que têm idéias diferentes sobre a palavra tática:

A. Puni: "A estratégia é o conjunto de modos de aplicação de procedimentos técnicos, em conformidade com as condições de concorrência".

Oliva e seus colegas: tática "é a busca da eficiência, a perfeição eo conhecimento através do pensamento inteligente e práticas desenvolvidas no combate à forma praticado livremente e criativamente.

A. Alvarez: "A tática é o processo no qual nós combinamos tudo o possível física, técnica, teórica, psicológica e outras, para dar solução imediata para situações inesperadas e mudanças desiguais, criadas em termos de oposição."

R. Chirino: estratégia "A tática é tangibilização que criativa e logicamente, nos dá as reais e eficientes soluções, para as situações de mudança de combate, com base na preparação e características de cada atleta."

A tática é nada mais, nada menos do que o plano e combate que tem de seguido pelo atleta para alcançar bons resultados, por isso é importante o treinador ser um conhecedor dos atletas e dos seus adversários, montando táticas que podem neutralizar as ações dos adversários, considerado o estado físico e técnico de nosso atleta e por outro lado, as circunstâncias externas, as regras do jogo e do estado mental, são alguns dos aspectos mais fundamentais para a preparação técnica, física, psicológica e do plano tático auxiliar. As táticas fazem com que o treinador seja um gerente mais capaz e conhecedor do trabalho de seus atletas, tendo por base exercícios bem planejados e não apenas por base suas experiências de atleta. Isto faz deste, um profissional, com ampla visão, e bem capacitado para suas decisões diretivas. Calcular o movimento preciso, encontrando as manobras, as combinações ou os recursos para melhorar a nossa situação é uma questão de tática. Se um treinador planeja pedagogicamente o treinamento tático e teórico para seus atletas, então ele também, oportunamente, deve trazê-los para fora do campo de ação, passando-lhes esta teoria de forma didática, visando ganhos para o desenvolvimento progressivo deles, que ocorrerá em médio e longo prazos.



Alguns aspectos importantes para um bom desempenho em abordagens táticas são:

1-O Nível Técnico do Boxeador

A tática é totalmente dependente da técnica, pois para as defesas e ataques, é preciso ter em mente a técnica de execução correspondente. A técnica é pré-requisito para tática. Assim, podemos dizer que a tática deve ser escolhida de forma que os boxeadores tenham conhecimentos técnicos adequadas para executar corretamente as tarefas táticas atribuídas .


2-Como se Considera o Estado Físico dos Boxeadores para Escolher uma Tática?

Se o treinador que conhece a condição física de seus atletas está em condições de elaborar uma tática que pode ser feita por seus alunos. Tomar decisões táticas que não podem ser suportados no plano físico, é mais provável não obter-se bons resultados, é por isto que o teste de ensino desempenham um papel muito importante na decisão das abordagens táticas, tanto dentro como fora da jurisdição.

3-Qual é a Condição Física Oposta?

É muito importante saber avaliar as condições físicas (idade, peso, altura, condição física, etc.) dos oponentes Temos também de saber quais são as ações táticas ofensivas e defensivas mais usadas pelos oponentes. Para ter uma abordagem eficaz para traçar a nossa estratégia.

4-Relações Entre Circunstâncias Táticas e o Contexto:

circunstâncias externas que cercam cada competição positiva ou negativamente, influenciar o comportamento do atleta, tanto fisicamente como psicologicamente, e é importante que o treinador avalie se isso afetou, de alguma forma, suas abordagens táticas. Uma vez que é diferente: competir em casa com a audiência; de sair de casa com o público contra competir no sol da tarde iluminada; ou durante a noite e temperaturas mais frias lutar ao nível do mar; ou lutar numa localidade a grande altitude,...

5-Relações Entre Táticas e Regras do Esporte:

Conhecer as regras do esporte é muito importante, pois podemos usar a nosso favor para implementar e manter uma tática especial durante a luta.

Conhecer as regras, teoricamente, não é suficiente, é preciso levá-lo à prática. constantemente em formação e competências, é assim que o treinador sempre tem exercícios de ordem técnica - a realização da tática de acordo com as regras do esporte e que fique claro que estes não devem afastar-se desta realidade. Atleta de proficiência podem ser muito superiores, mais conscientes do regulamento e devem, também, saber usá-lo em seu favor. Um atleta que não conhece as regras de seu esporte está em desvantagem contra seu oponente.

6-As táticas e Contra Táticas:

Sempre que fizermos nosso plano tático não podemos nunca esquecer de termos uma tática de surpresa, ou seja, uma tática contra as ameaças, que tão somente será válida, se puder inverter aspectos relevantes de jogo a nosso favor.

Para anular a tática do contra, é importante que os nossos atletas tenham um alto domínio tático, para mudar suavemente de um nível tático para outro, dependendo do desenvolvimento da concorrência. Indiscutivelmente, o vencedor na batalha das táticas, é aquele que domina suas táticas e contra-táticas, efetivando os seus ataques, e anulando os ataques do adversário, impedindo-o de dar respostas, ou de se recuperar a tempo hábil.

A Tática no Boxe:

No boxe atual: A tática deve ser prioridade na formação dos pugilistas de alto rendimento. Não há dúvida de que os técnicos atuais estão se preparando cada vez mais neste aspecto, e tendem a melhorar suas atividades diárias, incluindo sessões de formação para melhorar as táticas de combate. A tática no boxe permite conduzir as lutas da forma mais racional, pela aplicação de conhecimentos técnicos, qualidades físicas e mentais, como fruto de um planejamento, levando em conta as vantagens e desvantagens do adversário, mostrados pela mídia, e as regras do esporte.

A tática do boxe, como em quase todos os desportos de combate, é muito simples, quando comparada a outros esportes (futebol, basquetebol, voleibol). O boxe é um esporte de tática individual. Como o aspecto físico, as habilidades técnicas, a experiência psicológica, a competitividade e etc, são diferentes para cada lutador, ao fazer uma tática para o atleta, o treinador da equipe, deve levar em conta todas estas características. No boxe moderno desenvolve-se táticas e contra táticas de combate, utilizando-se, da monopla, da escola de combate, e do combate direto “Sparrings”, em treinos muitas vezes longos e árduos, são muito importantes, mesmo para os atletas mais experientes, pois cada adversário difere um do outro.



As táticas das Ações de Combate Podem Ser Classificadas, Em:

*Ofensiva;
*Defensiva.



São 3 as abordagens táticas básicas que qualquer pugilista de boxe deve dominar, para implementar decisões defensivas ou ofensivas:

1 - Longa Distancia (depende da velocidade de ataque);

2 - Média Distância ( depende da velocidade de reação);

3 - Curta Distancia (depende da velocidade de reação de ataque e defesa).


Identificação das Distâncias de Combate:


A longa: Tem de dar um passo para colocar o “Jab”.

A Meia ( é a distãncia mais utilizada no boxe): O “jab” toca sem dar passo.

A Curta: Corpo a Corpo.

Fora do Alcance: Distante, no mínimo dois passos.



Longa Distancia, Golpes mais usados:

1 - Golpes isolados em linha reta; 2 - As combinações de socos em linha reta; 3 - Combinações de socos retos e cruzados.

Erros:

1 - Ficar próximo aos cantos ou das cordas. 2 - Troca de golpes com o adversário, na meia e na curta distância, com adversário mais baixo do que ele.



Meia Distância - Golpes mais usados:

1 - Cruzados; 2 – Retos; 3 - Combinações de socos diretos e cruzados.

Meia Distância - Esquiva mais usada:

Esquiva Lateral.

Erros principais:

1 - Não faça movimentos de rotação do tronco; 2 - Executar golpes a partir de posições estáticas; 3 – Ficar parado nos cantos ou nas cordas do ringue.

Curta Distância - Golpes mais usados:

1 – Ganchos. 2 – Cruzados. 3 - Combinações de cruzados e ganchos

 A esquiva mais utilizada na curta distãncia no boxe, é a meia lua.

Erros principais:

1- Ficar parado nos cantos ou nas cordas.

2 - Nesta distância os movimentos de deslocamento não se adaptam à posição inicial confortável para o ataque e contragolpes.

Obs: O boxeador de alto rendimento deve dominar os fundamentos técnico-táticos em cada uma das distâncias, para ter o máximo de eficiência em qualquer situação de combate.



Ordem do Aprendizado Técnico: 1° Meia, 2° Longa, 3° Curta Distância.



Ordem do Aprendizado Tático: 1° Longa, 2° Meia, 3° Curta Distância.



Percentual de Uso das Distâncias de Combate:

Boxeador Alto: 60% na Longa, 20% Meia, 20% Curta.

Boxeador Baixo: 50% na Curta, 20% Meia, 20% Longa.

                                            
MANOPLA


O treino com manoplas exige conhecimentos por parte do treinador. Tenho visto ex-lutadores que são usados por treinadores para estes trabalhos e são chamados de manopleros. Se eles aceitam na boa, tudo bem, pois como condicionamento físico pode ser até bom, mas a saúde deles é que sofre mesmo. Um bom treino com manoplas vai fazer do seu boxeador um vencedor. No boxe, ganha quem menos erros técnicos e táticos cometem. A manopla ajuda a aperfeiçoar estes elementos e dão confiança ao futuro campeão.
- O treinador devera proteger o pulso com uma vendagem evitando lesões em ambas as mãos.



5) - Combinar os tempos entre ataque e movimentação.



4-) - Ter um programa antes do treino. Quais combinações? Quantos golpes? Movimentação defensiva, contra-ataque, etc.



3) - Explicar ao atleta que o golpe não tem que ser muito forte.



2) - Não abrir demasiado os braços.



As manoplas são utilizadas para o treino da tática e da precisão dos golpes. O treinador que domine as manoplas nestes dois aspectos pode dotar o seu lutador de muitos recursos que fariam dele um ganhador. Infelizmente ainda são muitos os treinadores que aprenderam a trabalhar as manoplas olhando outro fazer, e nunca tiveram um aprendizado com os fundamentos adequados. E com esses fundamentos você pode melhorar, ou aperfeiçoar sua coordenação, dominar a distancia certa na hora de atacar, ou defender, sair das cordas ofensivamente, planejar fintas e combinações de três ou mais golpes etc. Tudo isso num treinamento com manoplas de qualidade.

Vamos ao ponto mais polêmico deste meio de treino. A parte física. Partindo do principio que o atleta esta batendo e se movimentando a lógica indica que ele esta trabalhando a parte física. Porem, isso é consequência. A manopla, não é para condicionamento físico como infelizmente vemos em muitas academias. Um lutador aplicando fortes golpes nas manoplas não deve ser algo fácil de suportar por um treinador, alias treinador que permitir é porque não tem ideia do que faz. Para trabalhar a física existe um treino similar porem o equipamento utilizado não são manoplas é sim, o "Body shield" ou "Punch shield". No Brasil são chamados de aparador de socos. Estes são usados para trabalhar golpes ao corpo especificamente. Porem os usamos para trabalhar potencia é intensidade com movimentação por todo o ringue. São muitos os exercícios que podem ser programados no uso destes implementos para aproveitar os tempos de treino, pois aqui se pode misturar a física com a tática e corrigir deficiências técnicas. Se o nosso boxeador depende de 1-2-3, então vamos fazer o treino com essa combinação desde todos os ângulos do ringue, no ataque, no contra ataque  e etc. Temos de simular todas as situações possíveis que possamos enfrentar na luta real. Se o próximo oponente é um canhoto iremos trabalhar com a postura de canhoto fazendo com que o nosso lutador desfira suas combinações da forma indicada para esse tipo de guarda. O contragolpe é talvez o exercício mais complexo no boxe. Depende de fatores como, velocidade de reação e reflexos. Cada atleta possui suas características físicas, porem dependendo do treino pode melhorar ainda mais essa característica, ou, no caso de mal treinada diminuída. O contragolpe no boxe tem importância vital e o treino com manoplas é de fundamental importância. Pode ser a grande diferencia entre lutadores. Uma recomendação final importante para quem faz treino com manoplas: Não saia a buscar o golpe. Espere e amorteça levemente.


--Artigo RINGUEMASTER--



TREINADOR NAS COMPETIÇÕES 


O Treinador Antes da Luta:

 O Treinador Antes da Luta:

O treinador deve ter conhecimento aprofundado dos elementos técnico-táticos do boxe. Deve saber o nível de preparação dos seus boxeadores e suas características psicológicas e morfofuncionais.

O treinador no vestiário, antes da luta:

Deve atender individualmente o atleta para repassar táticas e estratégias no combate a qualquer momento, evitando que seu atleta supervalorize ou, inversamente, subestime o adversário.

Massagear o atleta com o objetivo de ativar as camadas musculares e a circulação de sangue.

Orientar o aquecimento geral e especial.

Calçar luvas e etc, mantendo um relacionamento tranquilo e afetuoso. No aquecimento técnico, imitar guarda do adversário, e até mesmo, algumas de suas ações táticas observadas.

Garantir entre 3 ou 4 minutos de recuperação e ficar com o atleta para evitar a perda de concentração.


Treinador Durante a Luta


O Treinador no “Corner” Durante a Luta:

No canto sempre que terminar um assalto, o atleta deve ser recuperado fisicamente, motivado psicologicamente e orientado técnica e taticamente. Antes de tudo, nos primeiros 10 segundos, normaliza-se sua respiração, podendo-se folgar o cinto para facilitar o movimento do diafragma na respiração. A água deve ser dada nos primeiros 20 segundos (aproximadamente). É importante alertar o atleta sobre alguma deficiência, ou virtude do adversário. Durante os últimos 20 segundos do minuto de descanso, o atleta deve receber as diretrizes do trabalho necessárias para sua vitória no combate, e devem ser dadas de forma clara e precisa.





Treinador Depois da Luta

O Treinador no “Corner” Depois da Luta:

Depois de dada a decisão da luta o treinador deve agradecer e felicitar seu atleta por seu esforço e desempenho, e acompanhá-lo de volta ao vestiário.


                                                                               
CONTRIBUIÇÕES DE CONTEÚDO WALCONI LUCAS, RINGUE MASTER, EDSON DIAS. MUITO OBRIGADO E BOA SORTE A TODOS!!


                                                             





(Idealização do Curso e Edição: Prof. Walconi Lucas).
 MUITO BOA SORTE